A maioria dos estudos de fisioterapia para dor lombar é de países de alta renda e a qualidade é discretamente melhor do que a dos estudos de países de baixa renda

A dor lombar é um grave problema de saúde global. Avaliar os efeitos das intervenções usando estudos controlados e randomizados rigorosamente projetados e conduzidos é essencial para otimizar o tratamento. No entanto, não está claro quais países estão realizando estudos sobre dor lombar e se o nível de renda de um país está relacionado à qualidade desses estudos. Um estudo meta-epidemiológico recente foi realizado para comparar a frequência e a qualidade metodológica de estudos de intervenções fisioterapêuticas para dor lombar conduzidos em países com diferentes níveis de renda. Os estudos que avaliaram intervenções fisioterapêuticas para dor lombar foram selecionados a partir do Physiotherapy Evidence Database (PEDro; www.pedro.org.au), Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). A qualidade metodológica foi avaliada usando o escore total do PEDro (intervalo de 0 a 10, escores mais altos indicam melhor qualidade), com os escores extraídos do PEDro. Os autores extraíram o país da afiliação institucional do autor correspondente do artigo de texto completo de cada estudo incluído. A renda nacional bruta (RNB) per capita, conforme relatada pelo Banco Mundial em 1º de julho de 2020, foi usada para classificar os países nas categorias de baixa renda (RNB < US$ 1.036), renda média baixa (RNB de US$ 1.036 a US$ 4.045), renda média alta (RNB de US$ 4.046 a US$ 12.535) e alta renda (RNB > US$ 12.535). No entanto, as categorias de renda baixa e média-baixa foram mescladas nas análises devido à baixa prevalência de estudos de países de baixa renda. Um total de 2.552 estudos foram incluídos nas análises. Os estudos incluídos foram conduzidos em 65 países, sendo os seis países mais comuns os Estados Unidos (16%), a China (9%), o Reino Unido (7%), a Turquia (5%), o Brasil (4%) e a Alemanha (4%). Um total de 70% dos estudos foi realizado em países de alta renda, 24% em países de renda média-alta e 6% em países de renda baixa ou média-baixa. A média (desvio padrão) do escore PEDro total foi de 4,8 (1,6) para estudos realizados em países de baixa ou média-baixa renda, 5,4 (1,5) para estudos realizados em países de média-alta renda e 5,5 (1,7) para estudos realizados em países de alta renda. Os estudos de países de renda baixa ou média-baixa tinham qualidade metodológica inferior aos de países de renda média-alta e alta, mas a diferença média foi pequena (-0,6 pontos (intervalo de confiança de 95% -0,9 a -0,3) e -0,7 (-1,1 a -0,5), respectivamente). Não houve diferença no escore total do PEDro para estudos conduzidos em países de renda média-alta e alta (-0,2; -0,3 a 0,0). O estudo concluiu que a maioria dos estudos que avaliam intervenções de fisioterapia para dor lombar é conduzida em países de alta renda e que o nível de renda do país parece ter uma pequena influência na qualidade metodológica desses estudos. A implementação de estratégias para melhorar o rigor metodológico dos estudos em pessoas com dor lombar é necessária em todos os países, independentemente do nível de renda.

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